Nasa diz que planos para viagem a Marte estão adiantados |
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Maquete das futuras missões da Nasa em Marte |
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David Whitehouse A Nasa está fazendo tudo o que pode para mandar o homem para Marte. Quem garante é James Garvin, o principal cientista da agência espacial americana envolvido em pesquisas sobre o planeta. Garvin é um pesquisador com um currículo impressionante em termos de estudos sobre o "Planeta Vermelho" e, em entrevista à BBC, disse que está animado e inspirado pela recente descoberta de grandes reservatórios de gelo sob a superfície dos pólos marcianos. Os astrônomos da agência espacial afirmaram que se esse gelo fosse derretido, Marte seria inundada por um grande oceano. Segundo Garvin, ainda há muitas coisas a serem descobertas sobre o planeta, mas os trabalhos para enviar homens até lá já estão adiantados. "Hoje temos mais contato com Marte do que se tinha com a Lua antes que o homem lá pisasse", afirmou. Missões futuras
"Esta é uma visão e não um plano", explicou. "Mas o que estamos fazendo no planeta agora é exatamente uma preparação para que o homem vá a Marte." James Garvin disse que alguns departamentos da Nasa vão começar a estudar as tecnologias necessárias para mandar homens ao espaço interplanetário, mantê-los vivos e trazê-los de volta à Terra. "Nós vamos chegar lá, mas precisamos de alguma segurança", afirmou. "A distância até Marte é 1,5 mil vezes maior que a distância até a Lua. Para ir a Marte, precisamos entender melhor o planeta e é isso o que estamos fazendo." Sem tripulantes
As próximas missões serão sondas de pesquisa avançada que serão colocadas na órbita de Marte. Além disso, em 2004, a Nasa espera aterrissar um laboratório móvel no solo do planeta para procurar o que a agência chama de "fósseis químicos", capazes de ajudar a rastrear a história e os movimentos das águas no planeta. Com essas missões, também será possível obter mapas minerológicos do planeta e entender melhor o clima local. 'Não é a Lua'
"O planeta está trocando gases internamente, os sistemas climáticos são dinâmicos e as temperaturas variam enormemente", disse o cientista. "É um planeta que está mudando." Até 2009, a Nasa espera ser capaz de realizar aterrissagens precisas e de atravessar dezenas de quilômetros sobre a superfície. Mas o maior desafio para James Garvin é trazer para a Terra um pedaço de Marte. "Temos meteoritos vindos de lá, mas minha principal missão é trazer uma parte 'fresca' do planeta", afirmou. "Precisamos de amostras." O cientista da Nasa disse que fará isso "assim que for tecnicamente possível". "Temos que fazer nosso dever de casa e desenvolver a tecnologia necessária, o que pode demorar uma década", afirmou. |
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