A Bomba de Hidrogênio

A bomba H baseia-se no princípio da fusão, ou de reação termonuclear, que é o seguinte: um átomo de deutério ( isótropo 2 do hidrogênio, isto é, hidrogênio com núcleo de massa duas vezes superior à comum ) se une a um átomo de trítio ( isótropo 3 do hidrogênio ), originando um átomo de hélio e liberando um nêutron e uma quantidade de energia:

H2 + H3 = He + n + Energia

O deutério é disponível em quantidade ilimitada na natureza, em particular na água, e pode-se obtê-lo a baixo custo. O trítio, ao contrário, é praticamente ausente ( há só alguns gramas em toda a Terra ). Para obtê-lo, parte-se do lítio, um elemento leve que, quando bombardeado por um nêutron, pode transformar-se em trítio ( e em hélio ). Assim, a possibilidade de obter uma reação de fusão vincula-se à disponibilidade de lítio que, na Terra, é comparável à do Urânio 138. Na bomba de fusão parte-se de uma mistura de deutério e lítio. Os nêutrons liberados pela explosão da bomba A, utilizada como detonador, serve para transformar o lítio em trítio e as altas temperaturas produzidas por essa explosão provocam a reação de fusão entre o deutério e o trítio que acaba de se formar. explosão

A bomba H, ou de fusão, tem um poder de destruição muito superior ao da bomba A. As bombas H "normais" têm, por exemplo, um potencial que vai de 100 a 1000 kton (quilotons. Um quiloton equivale a mil toneladas de T.N.T ( TriNitro Tolueno, a dinamite ), e são dezenas de vezes mais poderosas que a bomba de Hiroshima. Existem bombas de 10.000 kton, mil vezes mais possantes do que aquela primeira bomba.

 

No Centro da Explosão

 

Cerca de metade da energia liberada por uma explosão nuclear se manifesta sob a forma de energia mecânica; cerca de um terço sob a forma de energia térmica e o resto sob a forma de radiações ionizantes. Na zona da explosão, as altíssimas temperaturas geradas produzem um fenômeno chamado "bola de fogo". Logo depois da explosão, essa bola de fogo tem alguns metros de diâmetro, uma temperatura de milhões de graus , e emite uma luz tamanha que mesmo aqueles que a vêem a vários quilômetros de distância ficam cegos e têm a pele ferida.

A bola de fogo se dilata rapidamente e alguns minutos depois da explosão já atinge um diâmetro de vários quilômetros; sua temperatura, mesmo diminuída, continua sendo de alguns milhares de graus e queima tudo que toca. A energia mecânica se propaga desde o ponto de impacto como uma onda de choque, isto é, como um enorme e súbito aumento na pressão do ar, que se desloca no início a uma velocidade de mais de 1000 km/h, devastando e destruindo tudo por onde passa. A zona em torno do ponto de impacto - onde a destruição das casas, de edifícios e estruturas é completa – chama-se "raio de destruição total". Uma bomba de um Mton ( 1 Mton ( lê-se megaton ) é igual a 1000 kton ) - que é a potência de uma bomba estratégica "média" – tem um raio de destruição total entre cinco e oito km, ou seja, consegue destruir totalmente uma cidade de tamanho médio. Um vento de mais de 1000 km/h acompanha a onda de choque. Alguns minutos depois da explosão, em virtude do deslocamento de ar devido à subida da bola de fogo, forma-se um vento quente, também violento, em direção oposta, que completa a destruição. Ele recolhe a poeira, os detritos e os destroços num furacão que se eleva a vários quilômetros de altura. Uma vez atingida a estratosfera, esse furacão se resfria, diminui seu impacto e começa a descer de novo, assumindo a forma tristemente célebre de um cogumelo. A energia liberada sob a forma de radiações tem efeitos sobretudo retardados, que atingem os organismos vivos e provocam danos que podem se manifestar vários anos depois.

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